Rickettsia rickettsii – Febre Maculosa
Material: 0,5 ml de soro.
Método: ELISA
Prazo: 4 dias úteis.
Código: 65
A febre maculosa, conhecida também como febre maculosa
brasileira (FMB), é uma doença que pode ser fatal em humanos, caso não seja
tratada precocemente. É causada por rickettsias do grupo da febre maculosa
(GFM) e tem como principal agente causal Rickettsia rickettsii, responsável
também pela febre maculosa das Montanhas Rochosas (FMMR) nos Estados Unidos. No
Brasil, o principal vetor das rickettsias do GFM é o carrapato Amblyomma
cajennense
Patogenia:
R. rickettsii é transmitida ao cão através da picada de um
carrapato infectado. O período de incubação é de 2-14 dias, que é seguido pela
entrada no sistema circulatório do animal. O organismo, em seguida, invade as
células endoteliais dos vasos e capilares e começa a replicar, causando uma
vasculite. A replicação da bactéria pode levar a edema, hemorragia, choque, e
colapsos. Extravasamentos vasculares também desencadeiam a ativação das
plaquetas do animal e do sistema de coagulação.
Sinais clínicos:
Embora a doença seja normalmente auto-limitada e de cerca de
duas semanas de duração em cães, há evidências recentes de que quando não
tratada, pode levar à morte dos animais afetados.
O achado clínico mais consistente é a febre, aproximadamente
2 a 3 dias após a picada do carrapato.
Petéquias, equimoses e hemorragias associadas à destruição
das plaquetas, em resposta a vasculite são vistos frequentemente em superfícies
mucosas expostas no cão. A vasculite também pode causar edema nas extremidades,
incluindo o escroto, prepúcio, e as orelhas dos cães afetados.
As lesões oculares são frequentemente associados a febre
maculosa e resultam de vasculite e hemorragia. Uveíte hiperemia conjuntival,
hemorragia da retina, e ao anterior também têm sido associadas. Essas lesões
oftalmológicas tendem a ser leves e geralmente ocorrem bilateralmente.
Sintomas neurológicos inespecíficos também foram reportados
em alguns casos.